O Guarda-Chuva
Eu estava parado, esperando o sinal abrir, debaixo de uma bruta chuva. Meu guarda-chuva me protegia das gotas violentas que caíam sobre mim. Porém, do outro lado, eu observava uma moça linda, sem guarda-chuva que deixava a água escorrer sobre todo o seu corpo. Não entendia o porquê ela deixava essa situação ocorrer com ela. A água caía sobre sua cabeça e ia escorrendo sobre o seu pescoço, seus peitos, em seguida sua cintura era invadida pela água e sua perna, que já estava ensopada. Não pensei duas vezes e corri em direção a ela. Quando eu estava em frente a ela olhei alguns instantes e entreguei o guarda-chuva a ela. Ela sorriu, olhou lindamente para mim.
Quando o sinal abriu, ela partiu sem olhar para trás com meu guarda-chuva. fiquei horas olhando para ela enquanto sumia por entre as esquinas. A chuva continuava a me molhar, e eu estava lá parado, absorto. A escorria em mim, por todo o meu corpo. Quando me dei conta, finalmente, entendi, porque ela estava lá parada sem guarda-chuva deixando a água escorrer entre ela. Mas aí já era tarde.
Nunca mais a vi, só me restaram as lembranças. E eu fiquei lá, na chuva, desprotegido pelas abusivas águas.