Janela

Era o único espaço que me levava a ti. Pelo menos, através dela, eu podia ver, além do horizonte, a hora que tu passassas e deixavas no ar aquele perfume que me fazia duvidar do amor. Debruçar nela, mais que um hábito, era meu ritual em busca de uma certeza. Todos os dias, naquele mesmo horário, era nossa única existência.