EUFEMISMO

A noite silenciosa e o brilho das estrelas no céu, era o quadro emoldurado no vão da janela diante de seus olhos pensativos deitados na cama. O silêncio da conversa testemunhava nas mãos coladas, a gratidão do companheirismo de décadas.

‒ Humm! Estrelas! Ela balbuciou baixinho.

Ele apertou mais forte a mão da esposa e com a outra acariciando o rosto dela, confirmou:

‒ Sim. Lindas estrelas!

A certeza da eternidade do verdadeiro amor aproximava vagarosamente as pálpebras de seus olhos e desenhava na boca o gesto de um sorriso, enquanto o frio da noite, aos poucos, gelava o calor no corpo dela.

Henrique Rodrigues Inhuma PI
Enviado por Henrique Rodrigues Inhuma PI em 21/02/2024
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