EUFEMISMO
A noite silenciosa e o brilho das estrelas no céu, era o quadro emoldurado no vão da janela diante de seus olhos pensativos deitados na cama. O silêncio da conversa testemunhava nas mãos coladas, a gratidão do companheirismo de décadas.
‒ Humm! Estrelas! Ela balbuciou baixinho.
Ele apertou mais forte a mão da esposa e com a outra acariciando o rosto dela, confirmou:
‒ Sim. Lindas estrelas!
A certeza da eternidade do verdadeiro amor aproximava vagarosamente as pálpebras de seus olhos e desenhava na boca o gesto de um sorriso, enquanto o frio da noite, aos poucos, gelava o calor no corpo dela.