Dama da noite
É madrugada, sem sono Helena levanta-se e segue até a janela entreaberta do quarto.
O vento que entra de repente a faz encolher-se por trás das cortinas, com o olhar meio perdido, ela observa a rua ainda escura, lá fora há um silêncio no ar, parece que nada se move, mesmo assim ela permanece ali, com o olhar fixo no nada.
Diferente de outros dias, em que muitos deles ela mal via passar.
Helena era mulher da noite, mas não da escuridão.