O MISTÉRIO DO ANÃO

Jonas, o anão, despediu-se da esposa levando os apetrechos de pesca. Era fim de semana e ele iria encontrar os amigos a um quilômetro de onde morava. Uma camionete os levaria até o local da pescaria. Estava tranquilo, contente e pronto para passar a noite pescando e se divertindo com a turma, algo que regularmente faziam uma vez por mês.

Ao chegar aonde os amigos deveriam estar, não os encontrou. Talvez estivesse cedo, então sentou sobre uma pedra e esperou. Ficou pensando na esposa e como se sentia um tanto mal por deixá-la sozinha. Mas era por apenas uma noite, domingo estaria de volta aos braços dela.

Uma hora depois, nada dos amigos chegarem, por isso ele resolveu ir andando até a casa de um deles, situada não muito longe dali. Não se via ninguém em derredor, somente o barulho sereno do vento fraco acariciando seu rosto.

Súbito, um tiro ecoou. Jonas caiu, atingido na cabeça. Morreu instantâneamente. Seu corpo foi descoberto dois dias depois com bicadas de pássaros carnívoros no rosto, os olhos arrancados. A esposa dele e os amigos já o haviam procurado com a ajuda da polícia, mas encontrá-lo sem vida e naquele estado foi assustador e triste.

Uma investigação policial intensa e minuciosa foi iniciada, e durou anos. Nunca descobriram nada.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 06/08/2022
Reeditado em 07/08/2022
Código do texto: T7576619
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