O SABOR DO SORRISO
Foi uma noite de pesadelo para Jorge, o carteiro, quase não conseguiu pregar os olhos na suavidade de um sono reparador. Sonhara com a solidão e os desdobramentos de sua tristeza, e rolara pela cama sem alcançar a serenidade que a noite deveria proporcionar. Ele sempre tinha sonhos ruins com a solidão, mas esse último fora devastador. Ao amanhecer, estava arrasado. Quando ele voltaria à paz, quando poderia sentir novamente o sabor do sorriso? Eram perguntas sem resposta, dúvidas constantes todas as noites e ao longo dos dias. Até quando suportaria tudo isso? Olhou o sol entrando pela janela e chorou.