Fragmentos

Estava ela graciosamente sentada em uma poltrona do século dezoito, pronta para se tornar uma tela de museu. O pintor rapidamente abriu a janela da sala para que a sombra se tornasse luz.

O sorriso paralisou o rosto e ela, enfim, quis reclamar, suspirando no cansaço. Mas ele já sabia as palavras, porque estavam impressas no rosto, bastava lê-las.

Poderia ser cega, muda ou surda, nada afetaria a imortalidade da obra, finalizada com pinceladas de ilusão, entre verdades e mentiras.