A ESTANTE FALSA

Um homem de terno, sizudo, sentado a uma escrivaninha, ar de intelectual corroborado pela estante cheia de livros ao fundo, se prepara para discursar diante de um microfone. Ele respira fundo, se faz de sábio que lê e sabe muito, levanta o braço direito, prestes a iniciar sua oração quando, repentinamente, ao afastar a cadeira com vistas a melhor conforto, a estante atrás dele cai com a força. Que estranho!, nenhum livro vai ao chão, revelando que a estante era falsa, não passava de um papelão ilustrado com livros.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 06/02/2022
Código do texto: T7445986
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