A ESTANTE FALSA
Um homem de terno, sizudo, sentado a uma escrivaninha, ar de intelectual corroborado pela estante cheia de livros ao fundo, se prepara para discursar diante de um microfone. Ele respira fundo, se faz de sábio que lê e sabe muito, levanta o braço direito, prestes a iniciar sua oração quando, repentinamente, ao afastar a cadeira com vistas a melhor conforto, a estante atrás dele cai com a força. Que estranho!, nenhum livro vai ao chão, revelando que a estante era falsa, não passava de um papelão ilustrado com livros.