A morte nas águas geladas
Rosnou até que ela parasse... de morder. A menina, cansada de lutar, deixou-se dormir por alguns segundos, para depois tentar morrer no silêncio da exaustão. Não conseguiu. Olhos fechados, permaneceu imóvel quando sentiu-se cobrir por um manto pesado.
Foi carregada pela noite até os fundos do casebre, onde o homem, na tentativa de lançá-la ao rio, perdeu-se nas manobras e escorregou nas tábuas visguentas pelo limo, para juntos caírem nas águas profundas.
A jovem desapareceu e ele, alvoroçado pelo medo da morte, logo encheu os pulmões de água, pois não sabia que dos braços poderia fazer remos.