Uma noite de insônia
Juraram não beber álcool naquela noite, mas as juras foram em vão, e por horas bebericaram garrafas de vinho. Embriagado, ele apertou, puxou, chupou, mordeu, até que marcas roxas fossem enfeites.
E os beijos... Os Beijos! Eram tantos que até poderiam se encaixar em categorias: nos teatrais e melosos, picantes ou adocicados, nos perigosos e violentos, nos sanguinolentos... mas isso não importava, porque eram todos ansiosos, esperando outros, na ganância de ter tudo.
Esperavam a música, e depois o silêncio... em seguida o riso, as lembranças, os sonhos e as decepções, os caprichos até o amanhecer, para então sentirem o medo de fechar os olhos e dormir no meio dessa insônia de desejos... desejos dela, confusos nos dele, com juras ou não.