Ainda caminhando...
Meus olhos estão fechados abertos, assim como meus ouvidos: perenemente atentos. Ouço tudo, vejo tudo. A terra fofa sendo pisada, as folhas amarelas idem, o Sol pensando em dormir, os sorrisos e debates animados de almas novas. Estou no mais barulhento silêncio, fingindo dormir não para os outros, mas para mim mesmo. É o que quero nesse momento, raro momento de extremo aconchego, sim. Um abraço não proposital. Um instante para perceber minha diluição nos outros, sendo que por todo esse momento apenas fui óleo em qualquer água, agora me sinto um só; valiosos momentos de paz. Ouço também os batimentos de quem me leva: é o que mais me apraz.