Beijo da Morte
Tânia para, olha para os lados pensando não haver saída para si, sabia que a turma com a qual estava, era barra pesada. Pensava, com essa cara linda, par de olhos verdes esmeraldas, que tenho, posso tudo. Hoje sabe que não podia nada, reinicia a corrida para escapar, uma fisgada na costa foi sentida, tentou continuar a correr, tombou beijando o asfalto, antes do fim vislumbrou aquele que dizia amá-la com paixão com arma em punho, abaixar ao seu lado, dizer em seu ouvido, acabou gatinha, quem entra para essa vida não sai, se tentar sair morre, devia ter ouvindo quem te avisou, dá o último beijo indo embora, foi como se a própria morte a tivesse beijado. Uma lágrima escorre dos seus olhos antes de fecharem para sempre, foi seu fim, a vida fácil que pensou que levaria se mostrou difícil de ser vivida. Afinal! Foi triste o fim de uma vida que mal havia começado.
Lucimar Alves