Desacordo Comercial
Ao chegar à porta da casa de uns amigos aos quais fora visitar Clarisse é abordada por um motoqueiro com um revólver em punho, dizendo;
- Passe a bolsa, o celular e esta corrente de ouro.
Clarisse entrega a bolsa dizendo;
- Não tenho celular aqui, ficou em casa carregando.
Desceu da moto, xingando.
- Sua vaca, vou ensinar como respeitar os mais fortes, valentes, homem macho assim como eu.
Dizendo isso avançou, Clarisse calma, tranquila, sem mover um músculo do corpo.
- Escuta vaca, bandida não tem medo de morrer, não tem medo de homem valente?
Continuou calada, observando a raiva, a fúria que ele sentia. Ao chegar perto, a toca sacudindo-a com força, estava possesso. Ao sacudi-la novamente, recebeu de volta uma cotovelada no nariz levando-o a cambalear, voltou com tudo para cima, no que recebeu um chute na cara fazendo com que caísse. Senta do lado dele coloca as pernas em torno do seu pescoço dando um tranco, prendendo-o com suas pernas, deixando-o completamente imóvel. Os amigos ao ouvir o barulho abre a porta depara com a cena, caem na risada, um deles chega perto pergunta;
- Clarisse o que houve?
- Estou ensinado um valentão com tratar uma mulher
O amigo dá uma boa risada, diz para o ladrão;
- Isso que dá querer ser valentão, dar uma de macho em cima de uma mulher que não conhece, ela é lutadora de MMA, mexeu com a mulher errada.
O ladrão não querendo ficar por baixo responde;
- Tivemos um desacordo comercial.
- Olha quem esta chegando para resolver o negócio entre vocês.
Saindo rindo enquanto a polícia chega, o algema, levando-o preso. Dando assim fim a desacordo comercial entre eles, ela ainda dá tchau antes dele entrar no camburão.
Lucimar Alves