PROTESTO
Palavra do dia: protesto.
Um dia vieram e levaram, um a um, seus vizinhos de vários credos, mas não era com ele.
Até que o levaram... Intubado, não mais se viu Niemöller ao protesto.
#microcontofatimaflorentino
(Emil Gustav Friedrich Martin Niemöller, conhecido pastor protestante, nasceu na cidade de Lippstadt, Vestefália, na Alemanha, em catorze de janeiro de 1892. Julgado e condenado pelo regime nazista, permaneceu preso como “prisioneiro pessoal” de Hitler (que considerou a pena leve) nos campos de concentração de Sachsenhausen e Dachau, durante sete anos. Apesar do seu sentimento inicial, foi um dos primeiros alemães a falar publicamente sobre a grande cumplicidade alemã para com o Holocausto e a culpa da população pelo que acontecera aos judeus. Em seu livro Über die deutsche Schuld, Not und Hoffnung; Of Guilt and Hope, ou “Da Culpa e da Esperança”; publicado em janeiro de 1946, escreveu:
"Assim, sempre que tenho a chance de encontrar frente a mim um judeu como tal, então, como cristão, não posso deixar de lhe dizer: 'Caro amigo, estou na sua frente, mas não podemos nos unir pois há culpa entre nós. Eu e o meu povo pecamos contra o seu povo e contra você mesmo”.
Dentre as versões das palavras do pastor Niemöller, a mais conhecida talvez seja a citação abaixo:
"Quando os nazistas vieram buscar os comunistas, eu fiquei em silêncio; eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu fiquei em silêncio; eu não era um social-democrata.
Quando eles vieram buscar os sindicalistas, eu não disse nada; eu não era um sindicalista.
Quando eles buscaram os judeus, eu fiquei em silêncio; eu não era um judeu.
Quando eles me vieram buscar, já não havia ninguém que pudesse protestar."
Estas palavras foram extraídas das suas preleções durante o período inicial do pós-Guerra. Existem diferentes versões e textos, talvez pelo fato de que Niemöller falou várias vezes de forma improvisada e em locais e situações diferentes. Muita controvérsia envolve o poema já que ele foi impresso de diversas formas, referindo-se a diversos grupos: católicos, Testemunhas de Jeová, judeus, sindicalistas ou comunistas, dependendo da versão. O argumento era o de que os alemães haviam sido cúmplices do sistema através do silêncio sobre as prisões nazistas, a perseguição e o assassinato de milhões de pessoas. Faleceu em Wiesbaden, Alemanha em 1984.)
Fonte: Enciclopédia do Holocausto.
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