A Dona da Casa Amarela (Conto)

Num belo domingo de Sol, saiu a dona para lavar a calçada.

Com um sorriso de quem estava em paz, molhou todo o chão, jogou sabão e começou a esfregar.

Ritmicamente ela passava a vassoura de um lado a outro como se existisse música em seus onvidos.

Começou a se empolgar e sentiu-se leve.

E como uma criança rebelde começará a cantar baixinho.

O vento passava e seu vestido azul junto balança com uma liberdade ainda não revelada.

Quando deu por si já havia esfregado toda a calçada de sua casa amarela.

E lá estava ela, como poucas vezes ousará estar.

Feliz.