Prisão matrimonial à liberdade.
Sentada naquela mesa, cedo, como acostumara-se, mais uma vez, seu marido não apareceu para o café da manhã. Chorar? Não mais, não adiantaria. Esperar? Para quê? Ele não viria mesmo.
E pensar que largou sua liberdade e a sua família para unir-se com um homem que lhe prometera a felicidade. Pura ilusão.
O olhar de pena da criada, Margarida, refletia bem aquela situação, mas aquele dia foi diferente, o olhar desfez-se em surpresa. Se levantou a bela dama, largou tudo o que lhe pertencia, e, vestida apenas com sua camisola de seda, vermelha, foi embora, para nunca mais voltar. Se libertou.