A boneca Maria Emília já não gosta mais dos filmes de terror, vez por outra, acorda de sobressalto, por causa de pesadelos habitados por criaturas diabólicas, que outrora, via na TV. Assim, logo que passou a pensar como um adulto humano considerou que monstro é criação de mentes doentias: diabinhos que o autor transfere em forma de imagem para livros, revistas, e telinha da televisão.
Insone, ela refletia: Se é verdadeiro dizer que os sinais sonoros e visuais descortinam emoções, também é verdadeiro afirmar que este mesmo conjunto de imagens e som leva a atitudes e condutas de acordo com a percepção, em torno da qual, orbita sua alma. E, pela primeira vez, a boneca de pano foi tomada por sentimentos humanos, desejou ser uma rainha, ter muitos súditos e um grande exército para combater o inimigo que lhe perturba o sono.
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Adalberto Lima, trecho de Estrela que o vento soprou (obra em construção)