Insana

Eram muitas mulheres dentro daquela, deixando-lhe a vida sem ponta e cabeça.

Insana, gritava o mundo para dentro de si, esvaziando a bílis que corroía sua vontade de ser.

Prisioneira, encarcerada na vida que não escolheu, gritava em vão a sina, sua ave de rapina que arrancava-lhe pouco a pouco a vontade de viver.

Pobre, perversa e louca, a alma atormentava-lhe a pouca lucidez.

O foco lhe esvaziava a mente, só a loucura era seu estado normal, latente.

Silvana Mello
Enviado por Silvana Mello em 28/08/2018
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