Insana
Eram muitas mulheres dentro daquela, deixando-lhe a vida sem ponta e cabeça.
Insana, gritava o mundo para dentro de si, esvaziando a bílis que corroía sua vontade de ser.
Prisioneira, encarcerada na vida que não escolheu, gritava em vão a sina, sua ave de rapina que arrancava-lhe pouco a pouco a vontade de viver.
Pobre, perversa e louca, a alma atormentava-lhe a pouca lucidez.
O foco lhe esvaziava a mente, só a loucura era seu estado normal, latente.