MORRI E MEU CORPO ESSAS HORAS, CREIO QUE ESTEJA ÀS OSSADAS OU SÓ O PÓ.
MORRI E MEU CORPO ESSAS HORAS, CREIO QUE ESTEJA ÀS OSSADAS OU SÓ O PÓ.
Minha alma tá aqui... Deixa-me vê... Tô vendo... Bom, não sei se esse lugar seja o céu... Estou confuso... Caramba! Acho que é o Freud ali ao canto com sua mesma aparência e charuto em mãos...
"Olha pra onde anda seu burro", fala alguém esbarrando em mim. Caramba! É o Nietzsche. Conheci pelo seu charmoso bigodão. Caramba! Será que estou no inferno?!...
"A calma seu coração meu jovem...", surgi uma voz confortante.
Pergunto por apenas ouvir a voz: "Quem é você?
Me responde a voz serena e de um poder inigualável: "Deuuus!"
Fico assustado faço outra pergunta curiosamente: "Aqui é o céu?..."
Mas não obtive mais resposta. Sigo caminhando lentamente ao passo dos felinos... Encontro a Clarice Lispector dizendo sucessivamente uma frase:
"Meu rosto é um objeto tão visível que sinto vergonha."
"Meu rosto é um objeto tão visível que sinto vergonha."...
Mais na frente Carlos Heitor Cony livre das cadeiras de rodas. Cony?!... Ele me responde lacônica mente:"Sim. Mas apenas para os íntimos."
"Okay!", "Okay!" Já li alguns dos seus livros, digo.
Mas à frente ouso um comentário sobre poesia: "O ilogisno é o mais interessante das poesias."Caramba! Surpreso passo olhando sem se intrometer na conversa e vejo que era o poeta Manoel de Barros.... Sigo adiante e me deparo com o vocalista Chorão cantando um refrão de uma de suas músicas:
"O que eles falam sobre os jovens não é sério!..."
Continuo prosseguindo e mais na frente vejo Van Gogh de pé com a cabeça meio curvada com as duas mãos de punhos serrados tapando os dois olhos. Prossigo admirado com tudo ao caminho até ouvir o Kierkegaard, filósofo e teólogo dinamarquês citar em alta voz um trecho de seu livro - O diário de um sedutor (1843) - A imaginação é a pintura natural do belo sexo.
Mais à frente ouso Beethoven teclando em seu piano (Silêncio), ao qual me fez parar e refletir...