DA RAIVA E AFINS
Ainda lidava mal quando alguém o ofendia.
Transformava-se num cão com dentes pontiagudos à mostra. Narinas dilatadas. Olhos avermelhados.
Até sua mente assumir o controle e tangenciar a raiva. Aplicar um curativo na pele exposta.
No entanto, este ódio escorria por dentro. E ia contaminando, pouco a pouco, suas horas vadias.
Um dia ele mordeu a si próprio. E sentiu toda a potência de seu veneno.