Prisioneiro
— Você é culpado? — determinação nos vultos.
— Não! — tiravam-lhe a pele como se limpassem rãs, pingava sangue.
Responderia afirmativo? Bocas metálicas o consumiam. O ruído: tique, tique... cumprindo a tarefa. A fumaça cegando a máquina, deixou-o à vontade até parar:
— Não fala mais... — os vultos saíram.
No escuro, Pedro ardia como um olho de ciclope desamparado.