...MAIS UM DRAMA DO COTIDIANO
Numa sala de apartamento, em algum lugar no mundo, sobre a mesa de jantar, decorada com capricho, estão dispostos pratos, talheres, românticas velas, uma garrafa de vinho aberta, duas taças, uma vazia e outra à meio.
Sobre o aparador, um revólver carregado e um velho relógio que pertencera à sua avó, maldosamente lembrava, com seu tictac nervoso, mas indiferente, que o tempo não parava, que a vida continuava sem clemência!
O homem repassa tudo, arruma o vaso de flores, corrige a posição de pratos e talheres, mas só ouve o som daquele maldito relógio, que não tem entranhas, sensibilidade, nem coração.
Tictac, tictac, tictac!
Ele já esperara muito tempo, olhara o mostrador daquele sinistro relógio tantas e tantas vezes...
A cada segundo ele jurava ouvir passos no corredor e, ansioso, esperava o toque da campainha! Mas, infelizmente, nada ocorria.
Já concedera mais de uma hora de tolerância e sua resistência chegara ao fim.
Ela, afinal, não viria, tinha certeza, e a vida, sem ela, não mais teria sentido!
O assustador estrondo do disparo da arma de fogo trouxe-lhe a escuridão e o descanso tão desejado...mas impediu-o de ouvir o breve som da campainha!
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Imagem – do autor
Numa sala de apartamento, em algum lugar no mundo, sobre a mesa de jantar, decorada com capricho, estão dispostos pratos, talheres, românticas velas, uma garrafa de vinho aberta, duas taças, uma vazia e outra à meio.
Sobre o aparador, um revólver carregado e um velho relógio que pertencera à sua avó, maldosamente lembrava, com seu tictac nervoso, mas indiferente, que o tempo não parava, que a vida continuava sem clemência!
O homem repassa tudo, arruma o vaso de flores, corrige a posição de pratos e talheres, mas só ouve o som daquele maldito relógio, que não tem entranhas, sensibilidade, nem coração.
Tictac, tictac, tictac!
Ele já esperara muito tempo, olhara o mostrador daquele sinistro relógio tantas e tantas vezes...
A cada segundo ele jurava ouvir passos no corredor e, ansioso, esperava o toque da campainha! Mas, infelizmente, nada ocorria.
Já concedera mais de uma hora de tolerância e sua resistência chegara ao fim.
Ela, afinal, não viria, tinha certeza, e a vida, sem ela, não mais teria sentido!
O assustador estrondo do disparo da arma de fogo trouxe-lhe a escuridão e o descanso tão desejado...mas impediu-o de ouvir o breve som da campainha!
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Imagem – do autor