Contemplando estrelas
Estava sozinha em uma casa na árvore, distante do solo cerca de 25 metros. Rústica, porém aconchegante. Mergulhada no silêncio da noite, ouvia apenas os sons da floresta a sua volta. Era noite de lua cheia e o céu estava sem nuvens. Dessa forma, quase podia ouvir as estrelas. A melodia que mais se destacava era o som de uma queda d'água próxima, uma nascente. Preciso desses momentos como as plantas necessitam da luz, me recarrego, me fortaleço. Gosto de companhias, mas para continuar sendo uma boa companhia, preciso sempre de mim. Para alguns, loucura. Para outros, apenas solidão. Mas para mim, isso traduzia-se numa paz inexplicável. Me senti parte daquele lugar, a natureza viva pulsando. Me senti pequena e ao mesmo tempo grande, porque nenhuma vida pode ser considerada insignificante.