Vida sem memória...
Pode falar professor, sua vez diga!
Pensando aqui, hoje vi tantas noticias que são
repetitivas, como dizem mudam os personagens
mas o filme é o mesmo. Lembrei de uma em 1998!
Eu e meu sócio tínhamos um bar noturno em frente
a uma faculdade, frequentada por professores, alunos,
e amigos em comum em Vitória do Espirito Santo.
Carro forte da casa, peroa frito, carne de sol com aipim,
caldo de mocotó e puam de caranguejo empanado, sempre
fui bom na cozinha. Lá pela madrugada, já com pouco
movimento, notei que Adilson um amigo policial e assíduo
frequentador estava quieto no canto do balcão e algo
o incomodava. Conversando com ele, me contou que
fez uma prisão em flagrante de estupro, junto com
colegas de serviço, quatro jovens da alta sociedade
sequestraram uma estudante em um ponto de ônibus
levaram em um carro a uma praia deserta e consumaram
o fato, onde foram presos. Levados por ele e sua equipe
a delegacia os quatros jovens, mas maiores de idades
presos, para o delegado de plantão. Depois de alguns
minutos de conversas os quatros foram libertados, por
uma propina em dinheiro vivo. O B.O. sumiu, assunto
encerrado ninguém ficou sabendo, a estudante uma
moça simples e pobre, uma época que escondia até
da família de vergonha, e o policial ainda estava em
seu poder a terceira via do B.O.
Uma semana depois ele volta ao bar e diz que saiu
da policia... Memória.
( O local, o professor, nome do policial é fictício, o
ocorrido é verdadeiro como a comida também. )