TERAPIA

Nívea cria não suportar o grande fardo. E voluntariamente entregou à sua terapeuta seus mais vastos repúdios, desejos e anseios que eram na verdade, sua esfinge a qual, só não vivenciou nessa vida, aquele que não teve a graça de respirar. O que é vezo, viver.

A terapeuta, sua fiel cúmplice, diante da imponderável frase: “permita-se”, deletou o que ofendia o psicológico, material e físico da paciente obtendo como resultado: noves fora, ninguém!

O mundo que Nívea julgava ter acabado recomeçara grandemente do zero: ela e sua terapeuta para sempre, sua terapeuta e ela, “ad perpetuam”.

Lúcia Borges
Enviado por Lúcia Borges em 24/02/2017
Reeditado em 01/09/2017
Código do texto: T5922845
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