7 (Se consultando com seu Freud)
Segunda-feira de folga em casa sem o que fazer, resolvi ligar do meu smartphone branco da cor da paz para meu psicanalista Freud.
- Alô, seu Freud.
- Alô seu Teseuu. Em que posso lhe ajudar? Sabe que hoje não é dia de consulta.
- To sabendo. Abre uma exceção pra mim hoje. A semana foi corrida, preciso lhe contar alguns fatos que me ocorreu. Como estão as consultas ai no céu ?
- Graças a Deus tá tudo tranquilo. Ás vezes aparecem alguns roqueiros no consultório reclamando por quê veio parar aqui no céu. Hoje mesmo tive com o Charlie Brown Jr. Mas e você, está controlando seu vício da internet ?
- Sim. To controlando. Quero lhe comunicar sobre outro assunto, pode ser?
- Pode sim. Só me deixar acender meu charuto... Pronto. Me diz Teseuu, por que desta urgente consulta ?
- Sabe o que é... to na correria do dia a dia fazendo muitas coisas ao mesmo tempo. Me exigindo demais, cobranças do patrão, metas a serem atingidas. Entre outras coisas extras. Tipo, engarrafamentos nas estradas...
- Lhe entendo Teseuu. Continue...
- Então, de um tempo pra cá notei que estou esquecendo o que comi no almoço. Percebi isso depois de a Ludmila, minha nova namoradinha me perguntar o que como na hora do almoço no trabalho. Acredita... Não me lembro. E não é a primeira vez que isso me acontece.
- Fica tranquilo Teseuu. Vou lhe passa o número do Pinel pra ele lhe receitar um ansiolítico e você ficar mais calmo. Anota aí...
- Muitíssimo obrigado seu Freud, por ter me atendido hoje.
- Sempre estarei ao seu dispor Teseuu. Agora vou ter que encerrar a ligação. Chegou o exagerado do Cazuza aqui pra se consulta. Até mais.
- Até mais seu Freud . Diz ai pro Cazuza, que as músicas dele parecem até que foram escritas para o momento de crise que estamos vivenciando por aqui.
- O avisarei Teseu...
Pim pim pim...