Santa Fé
Iara me comprimiu com dois agudos seios, e me dizia que não visitasse mais Santa Fé. Suas palavras me transportavam até o alpendre da fazenda. Mas, elásticos, acompanhavam-me os seios, a voz brotava deles em sussurrantes profecias:
— Você ficará para sempre aqui...
Cercado de flores vermelhas, para sempre, balançado pelas brisas nas redes...
— Você amará a filha do dono da fazenda, de longos cabelos, de olhar de madona, de porte real.
As profecias eram censuras, os seios se encolhiam, eu preso neles, embevecido. A casa se tornava estranho apêndice branco no ventre da montanha.
— Você ficará para sempre aqui...
Cercado de flores vermelhas, para sempre, balançado pelas brisas nas redes...
— Você amará a filha do dono da fazenda, de longos cabelos, de olhar de madona, de porte real.
As profecias eram censuras, os seios se encolhiam, eu preso neles, embevecido. A casa se tornava estranho apêndice branco no ventre da montanha.