Mal surgem os raios da primeira aurora, o vaqueiro  traz bezerro para apojar.  E numa sequência de poucos segundos, o amara na pata da vaca. Começa  a ordenha.  Logo nos primeiros esguichos, percebe o cheiro desagradável do leite.  Desamarra o bezerro e o deixa mamar à vontade. O leite não serve para o consumo humano. Tem  gosto e cheiro de alho do mato. 
Terminada a labuta no curral, o dia é todo amanhecido. O vaqueiro, feliz, leva leite bom para a casa do patrão. Acauã solta seu canto gargalhado. Agourento, agourando má sorte em canto de morte ao filho do vaqueiro.
Apinajé geme em dores de parto.
Gêmeos prematuros, disse a parteira: não é bom sinal para a mãe nem para as crias. Índio gêmeo é mau agouro, emendou Onofre, coçando a cabeça: ‘um tira a sorte do outro. ’
Generoso Batista  sugeriu os nomes  Caim e Abel.  Corina protestou.
— Está louco, Batista! Esses nomes têm sombra de maldição. Abel é assassinado por seu irmão Caim. E Caim, condenado por Deus a ser fugitivo e errante sobre a terra.
— Conflito entre gêmeos sempre existiu. Será que você não entende que toda nação indígena é descendente de Caim? Quando Caim foi expulso e obrigado a ocultar-se da face de Deus; Caim ocultou-se na mata.
— Esse barco em que tu navegas,  não  te leva à terra firme. Arrenego! 
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Adalberto Lima, trecho de Estrada sem fim..