A luz de emergência de uma viatura avança o sinal vermelho, disseminado pânico e medo com o som ensurdecedor da sirene. A rua Ceará se agita, um velho grita: ‘Mataram uma mulher na Vila Mimosa.’
Afastando-se da cena do crime, Conchita e Leonardo caminham ocultando seus vultos cambaios, visivelmente exaustos. A noite era escura como o negrume de suas almas. Ela cobria suas carnes com um vestido amarelo-palha em frangalhos, na boca um cigarro apagado, à cintura uma bolsa com peças íntimas e três pedras de craque. A Ronda da Noite passa veloz. Ramayana foi assassinada.
Era Natal de 2016.
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Adalberto Lima - Estrada sem fim...Afastando-se da cena do crime, Conchita e Leonardo caminham ocultando seus vultos cambaios, visivelmente exaustos. A noite era escura como o negrume de suas almas. Ela cobria suas carnes com um vestido amarelo-palha em frangalhos, na boca um cigarro apagado, à cintura uma bolsa com peças íntimas e três pedras de craque. A Ronda da Noite passa veloz. Ramayana foi assassinada.
Era Natal de 2016.
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