NO VELÓRIO DE BERENICE
No velório de Berenice, até os pasteizinhos tinham um aspecto triste. O café, então, feito há coisa de meia hora, parecia requentado mais de cem vezes tamanho o seu desalento e velhice de alma.
Vivaz e alegre só mesmo aquele forte cheiro de rosas que, até hoje, trinta anos depois, não sei se real ou fruto de minha imaginação. Acho que ilusão, visto que permanece intacto até hoje. Única beleza neste quarto vazio, nesta cama apodrecida.