Ausência

Filho único, de pais ausentes, Pedrinho nutria uma sincera amizade com uma amoreira no fundo de seu quintal. Ventos acontecem, Pedro caiu. Tão logo souberam, os pais cortaram a árvore. Para eles, a culpa era dela. Para a árvore, a culpa era do menino. Para ele, foi triste ficar sozinho. Em poucos dias arranjara um novo amigo. “E essa amizade nunca acabará”, pensou, enquanto beijava seu novo amigo: o gesso.

Rafael Fermiano
Enviado por Rafael Fermiano em 24/08/2016
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