O arqueólogo de encantamentos
Palavra presa tem a mesma tristeza de passarinho na gaiola.
O moço ia andando pela vida,
capturava instantes e eternizava.
Pudesse ele mesmo fotografar sua essência
e vislumbraria uma redoma de palavras,
um sopro poético garimpando liberdade.
Fotografei, com a retina dos olhos,
que as lentes daquele moço
desenhavam um contorno da sua própria poesia,
sentimento caçando jeito
querendo continuar seu curso.
Andava a se curar de um trauma:
As palavras roubadas.