mitologia

No ano de 3017, após sobreviverem ao menos a três cata-clismas, duas guerras nucleares (incrível haver restado ogivas para uma segunda ocasião), períodos de fome intermináveis e uma Era glacial, já não mais eram cristãos nem sabiam que as águas certa vez percorriam quilômetros por tubos chamados de encanamentos, o idioma em nada lembrava qualquer palavra já pronunciada na história. Reunidos numa caverna a luz do fogo bruxuleante, vestidos com o que poderiam chamar de roupa, ajoelhados oravam numa língua nova a dois novos Deuses os quais eram remanescentes de uma época remota, esquecida: um pôster de uma pop star e o capacete de um ídolo do esporte encontrados em ruínas. Segundo ancestrais das primeiras eras e tradições milenares, Aquelas figuras foram encarnações de deuses cujo nome o tempo infinito, gotejante, transformou em palavras impensáveis. Enquanto oravam, uma chuva de asteróides massacrou o planeta. Já estavam acostumados com dificuldades, iriam superar

daniel mafra
Enviado por daniel mafra em 22/04/2015
Reeditado em 22/04/2015
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