QUERIDA,
O encanto por teus olhos levou-me à perdição. Para adquiri-los, não tive muita margem de manobra. O escroque do teu parceiro foi direto: dez garrafas por eles. Que ela venha junto, exigi. Negócio concretizado, confinei você naquele espaço, onde duas fendas permitiam que eu te alimentasse e apreciasse os objetos daquele desejo. Não contava que o desgraçado fosse até lá, arrebentasse minha porta e, suprema desgraça, deformasse teus olhos com ácido. Tive que matá-la. Suprema felicidade, o desgraçado acabou de ser jogado grade adentro. Vou querer saber por que fodeu nossa transação, querida.