A Fêmea no Divã (EC)
Ela chegou na hora ontem.
Com sua indumentária luxuosa e sorriso tímido.
Colocou vagarosamente sua bolsa em uma cadeira da sala e caminhou, como se fora uma modelo, até o divã.
Deitou-se, recostou-se meio sonolenta e fechando os olhos, começou a falar vagarosamente.
Não parecia precisar de psicanálise.
Discorria sobre seus assuntos, dúvidas e alguns traumas de infância com a naturalidade de quem lê um livro!
Terminada a sessão, abre os olhos, fita sem rodeios o terapeuta e pede para diminuir os intervalos entre as sessões.
Ele remarca e quando a bela mulher sai, faz anotações e relê as de todos os terapeutas anteriores e as suas, acerca dessa mulher...
A ficha era confusa e extensa.
A Fêmea, conforme descrita em todos os episódios de assassinatos, tinha uma lista enorme de crimes.
Estivera presa por muitos anos.
Todos os homens foram mortos após um ato sexual, no divã de sua residência.
O analista sentiu um calafrio na espinha e suas mãos gelaram.
Estaria apaixonado por uma assassina!?
Este texto faz parte do exercício criativo (EC) "A fêmea no divã".
Conheça outros textos, acesse o link:
http://encantodasletras.50webs.com/afemeanodiva.htm