QUINTAL

Olavo deitou o olhar sobre as duas galinhas que a mulher mantinha no quintal. Botavam ovos, vá lá, as danadas. O que o cismava, no entanto, era a tranquilidade de ambas, mesmo que rodeadas por um adensamento de prédios e casas mal planejados e o barulho infernal do entorno. Pensou em arrancar delas a fórmula daquela despreocupação. Daria trabalho frequentar um curso de cacarejar. Era certo que acharia um na internet. Bobagem. Melhor a esposa continuar apenas “arrancando” ovos daquelas bonachonas.

Cleo Ferreira
Enviado por Cleo Ferreira em 30/07/2014
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