O Vale das Rosas Suicidas.
A neblina cinza reduzindo as cores a meros sonhos abstratos.
Ninguém sorria naquele lugar, suas faces eram tão pálidas como as flores murchas que lá se amontoavam em sua breve vida.
Mas ali habitava alguém que não pertencia aquele lugar, uma pessoa de forma diferente, de semblante sério, mas com um leve sorriso ao canto da boca, sua face tinha tons de sépia, parecia que tinha roubado a cor do dia de algum mundo distante.
Seu olhar penetrante intimidava as pobres almas daquele vale triste, pois os instagavam a terem sonhos bons.
As horas naquele lugar funebre era tão obsoleto e descartável como os corpos de seu povo, a morte parecia a melhor coisa que alguém poderia ter em toda sua mediocre inexistencia.
A Pessoa desconhecida que não pertencia aquele lugar, caminha com passes leves, e um ar feliz, que amedronta os pobres ratos que não conheciam nada de bom, ela segue ao mais alto do vale das rosas suicidas, e com um ultimo suspiro e sorriso de felicidade, rompe o silêncio gelado e a neblina cinza intensa, seu corpo toma-se de vida, e cores, e a neblina se dissipa como em um sonho, o sol que parecia não existir toma o céu, e as pessoas finalmente podem revelar seus rostos, antes de lançar-se ao oculto, a pessoa que não pertence aquele lugar diz:
Estão todos livres.
E se vai... e junto a ela todo sentimento ruim.