AH!

As dunas eram de uma vastidão vazia. Até o vento parecia temer soprá-las. Viu o pequeno lagarto numa depressão alternando o toque das patas na superfície escaldante. Acenou para o réptil que devolveu o gesto amistoso. Um pouco parado por aqui, não? O lagarto concordou balançando a cabecinha. Uma vez por ano passam diversos automóveis rasgando as dunas, seguidos por bandos de outras máquinas, completou. Algum rali? Balançou a cabecinha novamente: acho que sim. E no resto do tempo? Fujo das víboras que me querem como presa. Ah!

Cleo Ferreira
Enviado por Cleo Ferreira em 07/01/2014
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