DIA DE FUGA

O dia já ia alto quando resolveu sair da toca que lhe servira de esconderijo. Cauteloso, manteve-se à sombra e esfregou os olhos. Sentiu o gosto horrível do sangue acumulado na bochecha inchada. Certamente não estaria com o melhor dos aspectos caso houvesse um espelho onde pudesse se olhar. Massageou de leve o local intumescido. Doía muito ainda. Avançou mais um pouco segurando a arma junto à barriga. Restavam pouquíssimas balas. E muita estrada até o próximo povoado.

Cleo Ferreira
Enviado por Cleo Ferreira em 06/12/2013
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