“MICROCONTO> O VAGALUME VAIDOSO”
Ao nascer, o Vagalume é informado de sua grandeza: tem luz própria. Ninguém no mundo animal é igual a ele.
Envaidecido, ele aguarda o anoitecer para seu primeiro voo-passeio pela mata. A escuridão se faz total. Todos se abrigam em seus refúgios temendo os predadores naturais. Mas, o bebê-vagalume não demonstra medo, ele desconhece essa emoção, e parte para sua viagem inaugural e de reconhecimento. Alça voo. Acende a lanterninha. Vibra aos gritos frenéticos de alegria. Faz um voo rasante sobre um par de olhos que ele pensou ser de algum invejoso entre a vegetação rasteira. Ele precisa mostrar aos seres inferiores sua supremacia: seu lampejo. Não houve sequer tempo para entender o acontecimento imediato: uma longa e áspera grudenta língua interrompe seu passeio. No escuro, um feliz sapo saboreia mais uma presa: uma digna refeição...
(ARO/ 2013)
Ao nascer, o Vagalume é informado de sua grandeza: tem luz própria. Ninguém no mundo animal é igual a ele.
Envaidecido, ele aguarda o anoitecer para seu primeiro voo-passeio pela mata. A escuridão se faz total. Todos se abrigam em seus refúgios temendo os predadores naturais. Mas, o bebê-vagalume não demonstra medo, ele desconhece essa emoção, e parte para sua viagem inaugural e de reconhecimento. Alça voo. Acende a lanterninha. Vibra aos gritos frenéticos de alegria. Faz um voo rasante sobre um par de olhos que ele pensou ser de algum invejoso entre a vegetação rasteira. Ele precisa mostrar aos seres inferiores sua supremacia: seu lampejo. Não houve sequer tempo para entender o acontecimento imediato: uma longa e áspera grudenta língua interrompe seu passeio. No escuro, um feliz sapo saboreia mais uma presa: uma digna refeição...
(ARO/ 2013)