MÉDICO CUBANO

Ator com sotaque castelhano aborda um transeunte, oferecendo-lhe uma vacina gratuita e indolor. Causa desconfiança ao se confundir diante de diversos frascos. Desajeitado, deixa alguns caírem. De uma valise, colhe a seringa. “Não era uma vacina indolor?” “O procedimento é indolor quando se aplica!”, insiste. Eis que começa a ler um manual de medicina (em português). Estanca em certa palavra e pede ajuda ao corajoso cidadão. “Você é mesmo médico?” “Sim. Só não sou muito bom em português.” A seguir, limpa a testa do valente com um algodão encharcado de álcool: “Higienizar o local da aplicação”, explica. “A propósito, você é resistente à dor?” “Mas não era indolor?” “O procedimento é indolor quando se aplica, mas você, como paciente que é, não vai aplicar, vai receber!”

Nem mesmo quando correu por sua vida, o ator saiu do personagem. Teve, sim, a presença de espírito de gritar : “¡Viva la revolución!”