Bel-Prazer
Deitado sobre sua cama ele questionava...
Onde andam meus amores, mulheres que diziam me amar?
Lembrava suas loucas paixões, os desejos saciados.
A porta se abre, um olhar triste vem em sua direção.
Mais um copo d'água e comprimidos, o silêncio lhe estende a mão.
Um silêncio que grita! Corta e machuca! Alma amargurada.
Seu corpo definha-se, o sorriso desbotou, vislumbra seu fim.
Na cabeceira ela assenta-se, em meios aos dedos, seus cabelos.
O amor e felicidade sempre estiveram ali... Pouco lhe notara,
Vontade de morrer admoesta-lhe, fez de sua vida um Bel-prazer.