UMBRAL
Acordou de um pesadelo regado a suor e taquicardia. Livrou-se da camiseta empapada e foi até a cozinha apanhar um copo d’água da surrada moringa de longos verões. Olhou pela fresta da janela o descampado escuro e contemplou os pontos de luz produzidos por vaga-lumes como se fossem lanternas manejadas por fantasmas a indicar-lhe um precipício qualquer.