O PINTOR E O EXECUTIVO

O PINTOR E O EXECUTIVO

Pingos de tinta no algodão branco.

Que lhe desculpasse, não tinha sido por mal. Estava tudo bem, morava logo ali, trocaria de roupa a tempo de seu compromisso. Na volta, podia deixar a camisa com ele, amanhã a devolveria lavada. Não precisava; lavaria em casa mesmo. Só por que era preto não significava que não sabia usar água e sabão. Não havia entendido. Era isso mesmo que ouvira. Se o outro fazia tanta questão, entregaria a camisa. Agora era ele que não queria mais; e não passasse perto de sua escada se não quisesse se sujar.

Teixeira Duarte
Enviado por Teixeira Duarte em 13/02/2013
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