O PINTOR E O EXECUTIVO
O PINTOR E O EXECUTIVO
Pingos de tinta no algodão branco.
Que lhe desculpasse, não tinha sido por mal. Estava tudo bem, morava logo ali, trocaria de roupa a tempo de seu compromisso. Na volta, podia deixar a camisa com ele, amanhã a devolveria lavada. Não precisava; lavaria em casa mesmo. Só por que era preto não significava que não sabia usar água e sabão. Não havia entendido. Era isso mesmo que ouvira. Se o outro fazia tanta questão, entregaria a camisa. Agora era ele que não queria mais; e não passasse perto de sua escada se não quisesse se sujar.