ERA UMA VEZ...
Passado o efeito da potente droga, foi como despertar de um longo sono. A preguiça de cada músculo, a lentidão de reflexos e um profundo espreguiçar eram como um bálsamo para o velho corpo que já, há muito, pagara o tributo de ter vivido até aquela idade avançada. No entanto, o olhar traía a fragilidade física. Era intenso e profundo. E interrogava o neto, assustado ante a perspectiva até então ausente, de morte iminente.