"UMA MATILHA CIDADÃ"(MICROCONTO>MINIMALISTA)
Um bando de cães, na calçada, parecia estar descansando. Já era quase noite, após um dia tempestivo. De repente, um carro aponta na esquina e avança lentamente. O barulho do motor desperta os cães que se levantam rapidamente. Atrás do carro, um ciclista e um pedestre apressado. Todos seguem o mesmo trajeto: a parte mais escura da rua, devido aos grandes arvoredos ali existentes. As copas das árvores se juntavam impedindo que claridade das luzes das casas iluminasse os recantos da estrada. Nisso, os cães rumam em direção aos três, latindo, mas sem avançar sobre eles. O motorista do carro finge, acelerando o veículo, que vai atropelá-los. O ciclista ameaça passar sobre os mesmos. O pedestre xinga, enquanto procurar uma pedra para afastar os animais. Os três passam e seguem seus destinos, entrando na parte meio escura da rua, aparentemente deserta. Os cães insistem com seus latidos, parados na calçada. Um deles até ensaia ir atrás dos humanos, mas desiste. O grupo, sobressaltado, fica observando os três sumirem nas sombras das árvores. Passam alguns segundos. Ouve-se, ao longe, um forte barulho, seguindo de gemidos e lamentações. O carro, o ciclista e o pedestre caíram numa pequena cratera criada pela tempestade do dia anterior. Enquanto eles tentam se desvencilhar da incômoda situação, arranhados e com alguns hematomas, percebem que os cães os observam à beira do buraco lançando latidos de lamentações como se estivessem dizendo:- “Nós tentamos lhes avisar do perigo, mas vocês nos ignoraram, desconhecendo nosso ditado que diz ‘cão que ladra, não morde... avisa! ’.”
(ARO. 2012)
(Homenagem ao aluno do CEJP/ABEU - LUCAS PINTO DE SOUSA - pela ideia do texto)
Um bando de cães, na calçada, parecia estar descansando. Já era quase noite, após um dia tempestivo. De repente, um carro aponta na esquina e avança lentamente. O barulho do motor desperta os cães que se levantam rapidamente. Atrás do carro, um ciclista e um pedestre apressado. Todos seguem o mesmo trajeto: a parte mais escura da rua, devido aos grandes arvoredos ali existentes. As copas das árvores se juntavam impedindo que claridade das luzes das casas iluminasse os recantos da estrada. Nisso, os cães rumam em direção aos três, latindo, mas sem avançar sobre eles. O motorista do carro finge, acelerando o veículo, que vai atropelá-los. O ciclista ameaça passar sobre os mesmos. O pedestre xinga, enquanto procurar uma pedra para afastar os animais. Os três passam e seguem seus destinos, entrando na parte meio escura da rua, aparentemente deserta. Os cães insistem com seus latidos, parados na calçada. Um deles até ensaia ir atrás dos humanos, mas desiste. O grupo, sobressaltado, fica observando os três sumirem nas sombras das árvores. Passam alguns segundos. Ouve-se, ao longe, um forte barulho, seguindo de gemidos e lamentações. O carro, o ciclista e o pedestre caíram numa pequena cratera criada pela tempestade do dia anterior. Enquanto eles tentam se desvencilhar da incômoda situação, arranhados e com alguns hematomas, percebem que os cães os observam à beira do buraco lançando latidos de lamentações como se estivessem dizendo:- “Nós tentamos lhes avisar do perigo, mas vocês nos ignoraram, desconhecendo nosso ditado que diz ‘cão que ladra, não morde... avisa! ’.”
(ARO. 2012)
(Homenagem ao aluno do CEJP/ABEU - LUCAS PINTO DE SOUSA - pela ideia do texto)