ANJOS INVISÍVEIS
Perambular pelas ruas de qualquer bairro que ofereça a perspectiva de obter migalhas é a rotina de 7 e 9 anos. Desenvolveram códigos de sobrevivência para que não sejam vítimas da ira de comerciantes e de policiais zelosos pela ordem pública. Garotos, aprenderam na quebrada a dar nó em cobrador e motorista de ônibus para viajarem em busca de sobrevivência, à margem da mãe, diarista que rala por alguns reais em casas/apartamentos da classe média baixa e que mal os vê, à noite, no barraco espremido numa viela da comunidade/favela, sujos e com frio para dormirem amontoados no único colchão que há ali.