Inevitável - Parte 2


Um dispensável relógio de pulso, que servia apenas para salientar a redundância das horas e a persistência dos pensamentos.

Cheiro de café e lixo. Um lugar para se lembrar o quanto a vida pode ser criativa em suas traições. Geograficamente desimportante como, aliás, são todos os lugares que são efeitos do acaso do ajuntamento de paredes. Uma rua. Sobre a rua o céu cinzento e nas paredes dos prédios, o abandono. Abandono de interesses e de cores. Apenas sujeira.

Angel não pôde escolher. Instrumento de Deus? Covarde por natureza? De certo, apenas o pagamento antecipado e o futuro defunto. 
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 19/05/2012
Código do texto: T3676645
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