Inevitável - parte 1



Angel aguardava, como quem sempre aguardou o instante que trouxe todas as verdades para a luz. Mesmo que fosse a luz decadente dos neons antiquados e dos postes milagrosamente não depredados.  Angel entendia apenas o que havia de ser feito. Não havia nada além do instante; o imperceptível movimento dos milissegundos que permitiam ainda a vida dentro de um corpo. E o instante posterior, quando tudo se tornava supérfluo.

Além da arquitetura abandonada e de resquícios doloridos de um passado luminoso, mais nada estava presente. Nem Deus, nem vento, nem som. Somente a espera sem angústia, típica de quem sabe, bem no fundo, onde todas as histórias vão dar
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 19/05/2012
Código do texto: T3676580
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