Inevitável - parte 1
Angel aguardava, como quem sempre aguardou o instante que trouxe todas as verdades para a luz. Mesmo que fosse a luz decadente dos neons antiquados e dos postes milagrosamente não depredados. Angel entendia apenas o que havia de ser feito. Não havia nada além do instante; o imperceptível movimento dos milissegundos que permitiam ainda a vida dentro de um corpo. E o instante posterior, quando tudo se tornava supérfluo.
Além da arquitetura abandonada e de resquícios doloridos de um passado luminoso, mais nada estava presente. Nem Deus, nem vento, nem som. Somente a espera sem angústia, típica de quem sabe, bem no fundo, onde todas as histórias vão dar
Além da arquitetura abandonada e de resquícios doloridos de um passado luminoso, mais nada estava presente. Nem Deus, nem vento, nem som. Somente a espera sem angústia, típica de quem sabe, bem no fundo, onde todas as histórias vão dar