Nem Só de Cenouras Vive Um Coelho

O Sr. Coelho estava cada dia mais preocupado. Rugas na testa e fios brancos no bigode lhe conferiam um ar envelhecido. Precisava de um emprego melhor. Seu salário era insuficiente para sustentar a prole numerosa. Mas o mercado de trabalho estava muito competitivo. Já não bastava ter experiência em inúmeras Páscoas e dominar o coelhês. Também era preciso saber tigrês e cabranhol. Apesar das dificuldades, o Sr. Coelho não perdia as esperanças. Já estava com as patas fora do lar para mais uma entrevista de emprego, quando ouviu a voz carinhosa da esposa:
- Benhê, volte aqui! Quero lhe dar um beijo de boa sorte.
Entrou na toca rapidinho e, quando saiu novamente, estava ainda mais nervoso. Pronto! Agora tinha mais uma boca para alimentar. 
Adriana Espineli
Enviado por Adriana Espineli em 23/11/2011
Reeditado em 23/11/2011
Código do texto: T3351610